Da comunicação ao País do Presidente da República, retiro 5 ideias fundamentais:
1. Este não é o momento ideal para convocar eleições antecipadas.
2. No entanto, elas deverão ocorrer depois de Julho de 2014 (fim do programa de assistência da troika).
3. Logo o governo CDS/PSD que lhe foi apresentado por Passos Coelho não
serve e não deve chegar ao fim da legislatura (Junho de 2015).
4. Contudo, teremos que viver com ele até 7-14 aceitando-o como um "mal menor".
5. Entretanto, deverá avançar-se para um "acordo de salvação nacional"
entre o PSD, o CDS e o PS que garanta a estabilidade política, o
regresso aos mercados e a recuperação económica no período pós-troika,
Ou seja, Cavaco Silva defende duas coisas dificilmente conciliáveis:
por um lado passa um atestado de incompetência a Passos Coelho e a Paulo
Portas, por outro apela a a António José Seguro que se junte a esse
grupo. Além disso, considera que a base desse entendimento continua a
ser um memorando cuja aplicação tem estado na origem da situação
desastrosa em que nos encontramos.
Posto isto, devo dizer que ouvi com agrado a comunicação feita por Alberto Martins em nome do PS:
1. O PS mantém-se na oposição ao governo CDS/PSD, agora recauchutado.
2. Não irá para o governo senão por vontade expressa dos portugueses expressa em eleições legislativas.
3. Discorda da tentativa de marginalização do PCP e do BE em qualquer processo negocial.
Os partidos da esquerda têm agora um ano para limar as divergências que
os dividem e prepararem-se para apresentar soluções alternativas
capazes de ganhar o apoio da maioria dos portugueses em futuras eleições
antecipadas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário