sexta-feira, 12 de julho de 2013

A crise política, a "solução" do PR e as tarefas da esquerda

Da comunicação ao País do Presidente da República, retiro 5 ideias fundamentais:

1. Este não é o momento ideal para convocar eleições antecipadas.
2. No entanto, elas deverão ocorrer depois de Julho de 2014 (fim do programa de assistência da troika).
3. Logo o governo CDS/PSD que lhe foi apresentado por Passos Coelho não serve e não deve chegar ao fim da legislatura (Junho de 2015).
4. Contudo, teremos que viver com ele até 7-14 aceitando-o como um "mal menor".
5. Entretanto, deverá avançar-se para um "acordo de salvação nacional" entre o PSD, o CDS e o PS que garanta a estabilidade política, o regresso aos mercados e a recuperação económica no período pós-troika,

Ou seja, Cavaco Silva defende duas coisas dificilmente conciliáveis: por um lado passa um atestado de incompetência a Passos Coelho e a Paulo Portas, por outro apela a a António José Seguro que se junte a esse grupo. Além disso, considera que a base desse entendimento continua a ser um memorando cuja aplicação tem estado na origem da situação desastrosa em que nos encontramos.

Posto isto, devo dizer que ouvi com agrado a comunicação feita por Alberto Martins em nome do PS:

1. O PS mantém-se na oposição ao governo CDS/PSD, agora recauchutado.
2. Não irá para o governo senão por vontade expressa dos portugueses expressa em eleições legislativas.
3. Discorda da tentativa de marginalização do PCP e do BE em qualquer processo negocial.

Os partidos da esquerda têm agora um ano para limar as divergências que os dividem e prepararem-se para apresentar soluções alternativas capazes de ganhar o apoio da maioria dos portugueses em futuras eleições antecipadas.

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