Domingos Névoa é o novo presidente da empresa intermunicipal Braval. A sua eleição por unanimidade é reveladora do total despudor e falta de vergonha dos representantes do poder local. Braga, Póvoa de Lanhoso, Amares, Vila Verde, Terras de Bouro e Vieira do Minho aceitaram sem sobressalto o nome de Domingos Névoa, como se nada de anormal existisse no seu curriculum público.
Esta personagem, é bom lembrar, é conhecida pela tentativa de corrupção do vereador Sá Fernandes, pela qual foi condenado há pouco mais de um mês, e por distribuir “prendas de casamento” generosas e avulsas.
A ponta do iceberg é já bem visível e indesmentível, falta saber o que o nível da água oculta ainda. Acredito que águas límpidas virão.
Uma palavrinha para Mesquita Machado: depois da concessão de parte dos solos e subsolos do concelho, depois dos cheques prenda, depois de sucessivos pedidos de esclarecimentos sobre quais os vínculos que unem a câmara e o empresário Domingos Névoa ainda sem resposta, o edil da Câmara Municipal de Braga (através da Agere, onde detém participação maioritária, contra os 49% que, em 1999, foram vendidos a um consórcio de empresas formado por ABB, DST e Bragaparques) premeia um condenado em matéria directamente ligada com o poder local com a presidência de uma empresa pública, e nomeia o seu genro: Pedro Machado, para seu director-geral. Os restantes membros da administração serão Rita Araújo (indicada por Braga e ex-vereadora do PS da Póvoa de Lanhoso) e Luís Amado Costa (indicado pela Câmara da Póvoa de Lanhoso).
AFINAL, COMPENSA OU NÃO O CRIME?
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