Há dias, a líder do PSD lamentava-se, diante das câmaras das televisões: “ninguém nos ouve”. Hoje, Vasco Pulido Valente volta ao assunto na sua coluna no Público (27-3-09): MFL é, no PSD, uma voz solitária – os “grandes nomes do partido”, bem instalados na vida, já não precisam dele para nada e deixaram-na sozinha diante da poderosa máquina propagandística do governo. VPV tem razão. Tudo isso é verdade e, no entanto, eu tenho-a ouvido com atenção. E mais: sendo insuspeito de simpatias “social-democratas” (aliás, tenha ainda bem viva a memória dos consulados Durão Barroso e Santana Lopes), não posso deixar de concordar com as intervenções de MFL a propósito de duas questões da maior importância – o seu programa de apoio às PME’s e a crítica desse elefante branco que dá pelo nome de TGV. No primeiro caso, trata-se da defesa dos postos de trabalho de cerca de 80% da mão-de-obra portuguesa; no segundo, de um investimento público megalómano, sem retorno provável, que endividará ainda mais o país (isto é, não só a nossa, mas as gerações futuras).
Espero que a ouçam! Inclusive todos os outros partidos da oposição, já que a surdez do PS parece incurável. Para mim, a bondade ou maldade das ideias não está decidida a partir do momento que identificamos a sua origem. Devem ser avaliadas por si mesmas. E a líder do PSD, de quem tanta coisa me separa, tem absoluta razão nestas duas matérias fundamentais.
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