O debate Pedro Passos Coelho / Paulo Rangel
Depois do que tive a paciência de ver, depois do que li, sento-me ao computador para comentar o debate PPC/PR e assalta-me uma dúvida: será que vale a pena? Devemos levar a sério aquilo que cada um deles diz diante das câmaras da televisão?
Na minha opinião, cada um afirma simplesmente aquilo que lhe parece poder cair melhor junto dos filiados do PSD que vão ser chamados a eleger o próximo presidente do partido. E como supõem, presumivelmente bem, que detestam José Sócrates, todos se quererão mostrar mais anti-socráticos que o seu adversário.
Depois do que tive a paciência de ver, depois do que li, sento-me ao computador para comentar o debate PPC/PR e assalta-me uma dúvida: será que vale a pena? Devemos levar a sério aquilo que cada um deles diz diante das câmaras da televisão?
Na minha opinião, cada um afirma simplesmente aquilo que lhe parece poder cair melhor junto dos filiados do PSD que vão ser chamados a eleger o próximo presidente do partido. E como supõem, presumivelmente bem, que detestam José Sócrates, todos se quererão mostrar mais anti-socráticos que o seu adversário.
“Mudar” ou “Romper”? É claro que, feita a escolha, o vencedor, que nunca quis eleições antecipadas porque sabe que, pelo menos a curto prazo, elas se saldariam por uma nova vitória do PS, rapidamente trocarão de verbos. Conciliar, ganhar tempo, apostar no desgaste a prazo do governo… E, entretanto, os mercados financeiros internacionais assim o obrigam, deixar passar OGE e o PEC.
É claro que há-de ser necessário discutir o programa de governo do PSD… daqui a uns dois anos. Mas, nessa altura, muita gente se lembrará ainda daquilo que afirmam hoje os candidatos à presidência do partido? Talvez se descubra então que, ganhe quem ganhar, esse programa não andará muito longe daquele que, nestes últimos dois anos, Manuela Ferreira Leite andou a pregar sem sucesso. Em última análise, é tudo uma questão de timing e de retórica.
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