Acordo e desacordos
Por mais de uma vez, defendi neste blog que, num contexto de eleições antecipadas, o vencedor certo seria o FMI. Infelizmente, tive razão. A eleições serão daqui a um mês, mas o programa do próximo governo já foi apresentado – chamam-lhe “acordo” e vai ser assinado pela troika FMI-CE-BCE e pelo PS, PSD e CDS.
Entretanto, espera-se uma campanha eleitoral violenta onde cada um destes partidos acusará ou outros de irresponsabilidade e mesmo de atitudes criminosas. Será preciso recordar que tão profundas divergências cessarão um dia depois das eleições? Afinal todos eles consideram o dito acordo um bom acordo… Falta apenas contar os votos para que se possa proceder à distribuição das pastas no governo de coligação alargada que aí vem.
Será um governo PSD/PS ou um governo PS/PSD? Pouco importa, o programa está feito e troika virá a Portugal de três em três meses para fiscalizar a sua execução.
Nada disto impedirá que, durante a campanha eleitoral, quer o PS como o PSD façam apelos insistentes ao voto útil. Acredito que, quando estes dois partidos se sentarem à mesa para distribuir cargos e poderes, os votos que cada um deles vai obter sejam jogados como valiosos trunfos. Daí, a sua “utilidade”. Além dessa, não vejo outra. Alguém é capaz de ma explicar?
Sem comentários:
Enviar um comentário