Boas notícias e alguns “mas”
A semana que agora chega ao fim veio confirmar o ambiente politicamente depressivo em que estamos a viver. Tento reagir a isso tomando nota de algumas boas notícias:
1. A luta de Aimanatu Haidar saldou-se por uma vitória. O governo marroquino foi obrigado a ceder a corajosa resistente sahauri já se encontra em casa. Mas… Marrocos continua a ocupar a maior parte do território do Sahara Ocidental, nomeadamente os territórios ricos em fosfatos e a costa atlântica que lhe permite controlar uma importante zona pesqueira. Embora seja reconhecida por 95 Estado e seja membro de pleno direito da OUA, a República Árabe Sahauri Democrática tem ainda um longo e difícil caminho a percorrer para fazer valer os seus direitos.
2. O salário mínimo vai subir par 475 euros. Apesar dos protestos cãs confederações patronais, confirma-se agora o que anteriormente tinha sido acordado em sede de Concertação Social. Mas… soube-se que, mesmo depois desse aumento, o este salário mínimo não irá repor o poder de compra daquele que vigorava em 1974. Em Portugal, ter trabalho (e há tantos que nem isso têm…) não significa escapar à pobreza. Também nesta matéria nos fica um longo e difícil caminho para percorrer.
3. O casamento entre duas pessoas do mesmo sexo vai ser possível. Dir-se-ia que se cumpre, assim, a determinação constitucional que afirma que ninguém pode ser discriminado em função da sua orientação sexual. Mas… o projecto do PS não prevê a possibilidade de adopção por casais homossexuais. É, ainda, um casamento “de 2ª” aquele que agora se autoriza. Note-se que existem já muitas crianças a viver no seio de famílias formadas por pessoas do mesmo sexo. É o caso daquelas que nasceram de uma primeira relação heterossexual que se desfez, tendo ficado a viver com a mãe ou com o pai que, depois, estabeleceram uma nova relação homossexual. Ou que foram adoptadas por uma mulher solteira que, entretanto, passou a viver em união de facto com outra mulher. Ainda recentemente tivemos notícia de um casal que entregou o seu filho à guarda de um tio que vive em união de facto com outro homem. Ao contrário do que tantas vezes se sabe acerca das condições deploráveis em que vivem muitas crianças criadas em orfanatos, ninguém tem notícias que contrariem os bons resultados daquelas situações. Mas a luta contra os preconceitos sociais não será fácil.
Nota final: nenhum dos “mas” transforma as “boas notícias” em “más notícias”. Significam apenas que, depois de dados alguns primeiros passos, outros terão que se lhes seguir.
A semana que agora chega ao fim veio confirmar o ambiente politicamente depressivo em que estamos a viver. Tento reagir a isso tomando nota de algumas boas notícias:
1. A luta de Aimanatu Haidar saldou-se por uma vitória. O governo marroquino foi obrigado a ceder a corajosa resistente sahauri já se encontra em casa. Mas… Marrocos continua a ocupar a maior parte do território do Sahara Ocidental, nomeadamente os territórios ricos em fosfatos e a costa atlântica que lhe permite controlar uma importante zona pesqueira. Embora seja reconhecida por 95 Estado e seja membro de pleno direito da OUA, a República Árabe Sahauri Democrática tem ainda um longo e difícil caminho a percorrer para fazer valer os seus direitos.
2. O salário mínimo vai subir par 475 euros. Apesar dos protestos cãs confederações patronais, confirma-se agora o que anteriormente tinha sido acordado em sede de Concertação Social. Mas… soube-se que, mesmo depois desse aumento, o este salário mínimo não irá repor o poder de compra daquele que vigorava em 1974. Em Portugal, ter trabalho (e há tantos que nem isso têm…) não significa escapar à pobreza. Também nesta matéria nos fica um longo e difícil caminho para percorrer.
3. O casamento entre duas pessoas do mesmo sexo vai ser possível. Dir-se-ia que se cumpre, assim, a determinação constitucional que afirma que ninguém pode ser discriminado em função da sua orientação sexual. Mas… o projecto do PS não prevê a possibilidade de adopção por casais homossexuais. É, ainda, um casamento “de 2ª” aquele que agora se autoriza. Note-se que existem já muitas crianças a viver no seio de famílias formadas por pessoas do mesmo sexo. É o caso daquelas que nasceram de uma primeira relação heterossexual que se desfez, tendo ficado a viver com a mãe ou com o pai que, depois, estabeleceram uma nova relação homossexual. Ou que foram adoptadas por uma mulher solteira que, entretanto, passou a viver em união de facto com outra mulher. Ainda recentemente tivemos notícia de um casal que entregou o seu filho à guarda de um tio que vive em união de facto com outro homem. Ao contrário do que tantas vezes se sabe acerca das condições deploráveis em que vivem muitas crianças criadas em orfanatos, ninguém tem notícias que contrariem os bons resultados daquelas situações. Mas a luta contra os preconceitos sociais não será fácil.
Nota final: nenhum dos “mas” transforma as “boas notícias” em “más notícias”. Significam apenas que, depois de dados alguns primeiros passos, outros terão que se lhes seguir.
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