sexta-feira, 8 de maio de 2009

Sondagem da Euroexpansão para a SIC e o Expresso (8-5-09)
Intenções de voto nas eleições para a Assembleia da República

PS – 35,4%
PSD – 30,8%
BE – 9,4%
CDU – 9,2%
CDS/PP – 6,9%.


Observa-se uma subida gradual do PSD, confirmada por outras sondagens (34% na sondagem da Universidade Católica de 4-5-09) e confirma-se que o PS se encontra longe da maioria absoluta. Verifica-se mais uma vez a possibilidade do BE surgir como o terceiro partido mais votado (12% na sondagem da UC), enquanto o CDS/PP, segundo esta sondagem, embora desça em relação às últimas eleições, não se afogaria na expressão mínima prevista na sondagem da UC (2%)

Em face destes resultados, a questão que se coloca é a da futura governação. Quem vai governar o país e como? Passemos em revista todas as hipóteses.

1) Governo PS com maioria absoluta. Nenhuma das últimas sondagens aponta nesse sentido. E o estilo crispado e arrogante da actual governação criou muitos anti-corpos desfavoráveis à reedição de uma nova maioria absoluta.

2) Governo do Bloco Central (PS + PSD). Esta solução tem obtido vários apoios, inclusive junto da Presidência da República. Contudo, não parece viável pois, para além da existência de divergências várias, não existe entre a liderança dos dois partidos (José Sócrates e Manuela Ferreira Leite) aquele mínimo de confiança política indispensável a um acordo desta natureza.

3) Governo PS+CDS/PP. Segundo as últimas sondagens, não contaria com o apoio de uma maioria parlamentar.

4) Governo PS+BE (ou CDU). Inviável dadas as profundas divergências que dividem estes partidos.

5) Governo minoritário PS. É a hipótese mais provável. O PS, embora peça a maioria absoluta, nunca afirmou que recusaria formar governo se não a conseguisse obter. Nestas circunstâncias teria de governar procurando apoios pontuais à esquerda ou à direita na Assembleia da República. Resta saber se, nesse caso, não seria preferível substituir José Sócrates por um outro Primeiro-Ministro com uma maior capacidade para ouvir e dialogar com os outros partidos. O mais desejável seria que quem exercesse esse cargo soubesse dar alguma expressão à maioria sociológica de Esquerda que todas as sondagens parecem revelar. Que não aconteça, como tem sido hábito, que um país que vota à esquerda seja sistematicamente governado à direita.

Sem comentários:

Enviar um comentário