O pessimismo nacional
Morreu José Saramago. Ninguém, mesmo aqueles que se distanciaram de muitas das suas opções políticas ou religiosas, é capaz de negar a importância da sua obra para a projecção da cultura portuguesa no mundo.
Deixo para outros, mais qualificados do que eu, a avaliação da riqueza da qualidade literária dos seus livros e da intransigente verticalidade da sua postura cívica e humana. Mas gostaria de recordar aqui outros que, como Saramago, realizam obras que prestigiam o nome de Portugal. Refiro-me, por exemplo, a Siza Vieira, a Paula Rego, a Maria João Pires, a Manoel de Oliveira… (Se quiserem, podem acrescentar alguns nomes ligados ao desporto.)
Não se trata de nenhuma lista de preferências subjectivas. São pessoas que souberam ser grandes e cujos méritos foram reconhecidos dentro e fora do país. São “estrangeirados”? Gente que pertence a uma elite sem raízes nem contactos com o povo? Não me parece. Pelo contrário, Portugal está inteiro nas suas obras, nos seus princípios, nos seus motivos, nas suas aspirações.
Contudo, o país afunda-se numa crise da qual ninguém parece ver o fim. O pessimismo instala-se e surge muitas vezes associado a um fatalismo que tudo pretende explicar por uma espécie de malformação congénita das nossas gentes.
Mas será possível que de gente tão fraca possam nascer pessoas tão notáveis aos olhos do mundo como aquelas que citei? Os tristes tempos em que vivemos fundam-se nos limites impostos por uma espécie de idiossincrasia nacional ou não terá, antes, razão Luís de Camões quando diz que “o fraco rei faz fraca a forte gente”?
Morreu José Saramago. Ninguém, mesmo aqueles que se distanciaram de muitas das suas opções políticas ou religiosas, é capaz de negar a importância da sua obra para a projecção da cultura portuguesa no mundo.
Deixo para outros, mais qualificados do que eu, a avaliação da riqueza da qualidade literária dos seus livros e da intransigente verticalidade da sua postura cívica e humana. Mas gostaria de recordar aqui outros que, como Saramago, realizam obras que prestigiam o nome de Portugal. Refiro-me, por exemplo, a Siza Vieira, a Paula Rego, a Maria João Pires, a Manoel de Oliveira… (Se quiserem, podem acrescentar alguns nomes ligados ao desporto.)
Não se trata de nenhuma lista de preferências subjectivas. São pessoas que souberam ser grandes e cujos méritos foram reconhecidos dentro e fora do país. São “estrangeirados”? Gente que pertence a uma elite sem raízes nem contactos com o povo? Não me parece. Pelo contrário, Portugal está inteiro nas suas obras, nos seus princípios, nos seus motivos, nas suas aspirações.
Contudo, o país afunda-se numa crise da qual ninguém parece ver o fim. O pessimismo instala-se e surge muitas vezes associado a um fatalismo que tudo pretende explicar por uma espécie de malformação congénita das nossas gentes.
Mas será possível que de gente tão fraca possam nascer pessoas tão notáveis aos olhos do mundo como aquelas que citei? Os tristes tempos em que vivemos fundam-se nos limites impostos por uma espécie de idiossincrasia nacional ou não terá, antes, razão Luís de Camões quando diz que “o fraco rei faz fraca a forte gente”?
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