Manuel Alegre – uma candidatura para vencer
Manuel Alegre, num almoço promovido pelo MIC (Movimento de Intervenção e Cidadania) realizado no Porto para comemorar o 31 de Janeiro, reafirmou a independência da sua candidatura em relação a qualquer apoio partidário.
Demarcou-se assim de Cavaco Silva, que tem aparecido como o grilo falante de um PSD reduzido à condição de um triste Pinóquio. Manuel Alegre não quer liderar a oposição nem construir nenhum governo sombra a partir da Presidência, tal como não quer ser um simples corta-fitas coarctado por qualquer acordo com o partido do governo. A sua magistratura propõe-se ser uma magistratura de influência à qual nunca serão estranhas as preocupações com a qualidade da democracia que sempre soube demonstrar ao longo da sua carreira política.
É na sua independência de qualquer apoio partidário (e querer fazer dele o “candidato do Bloco de Esquerda” é simplesmente ridículo) que reside a sua força e a sua capacidade para aglutinar apoios nas mais diferenciadas áreas políticas. Pelo contrário, qualquer outro candidato que entretanto possa surgir empurrado para a frente pelo sector soarista do PS (Vítor Ramalho) ou pela sua ala mais direitista e autoritária (José Lello, Vitalino Canas) estará sempre condicionado pelas condições impostas por esses apoios. E, na prática, não chegará sequer a ser “o candidato do PS”, mas o candidato duma fracção desse partido. Aliás, duvido que, por mais que procurem, encontrem alguém que se disponha a repetir a triste experiência da candidatura de Mário Soares.
Não será fácil vencer Cavaco Silva. Nenhum Presidente, antes dele, deixou de ser reeleito. Mas, se há alguém que o pode derrotar, é Manuel Alegre. A sua candidatura é uma candidatura para vencer e não para “marcar posição”. Só não a apoiarão aqueles que preferirem ver Cavaco renovar o seu mandato, mesmo sabendo que, num contexto de maioria relativa, ele dificilmente resistirá à tentação de liderar a oposição ou de governar o país a partir de Belém.
Manuel Alegre, num almoço promovido pelo MIC (Movimento de Intervenção e Cidadania) realizado no Porto para comemorar o 31 de Janeiro, reafirmou a independência da sua candidatura em relação a qualquer apoio partidário.
Demarcou-se assim de Cavaco Silva, que tem aparecido como o grilo falante de um PSD reduzido à condição de um triste Pinóquio. Manuel Alegre não quer liderar a oposição nem construir nenhum governo sombra a partir da Presidência, tal como não quer ser um simples corta-fitas coarctado por qualquer acordo com o partido do governo. A sua magistratura propõe-se ser uma magistratura de influência à qual nunca serão estranhas as preocupações com a qualidade da democracia que sempre soube demonstrar ao longo da sua carreira política.
É na sua independência de qualquer apoio partidário (e querer fazer dele o “candidato do Bloco de Esquerda” é simplesmente ridículo) que reside a sua força e a sua capacidade para aglutinar apoios nas mais diferenciadas áreas políticas. Pelo contrário, qualquer outro candidato que entretanto possa surgir empurrado para a frente pelo sector soarista do PS (Vítor Ramalho) ou pela sua ala mais direitista e autoritária (José Lello, Vitalino Canas) estará sempre condicionado pelas condições impostas por esses apoios. E, na prática, não chegará sequer a ser “o candidato do PS”, mas o candidato duma fracção desse partido. Aliás, duvido que, por mais que procurem, encontrem alguém que se disponha a repetir a triste experiência da candidatura de Mário Soares.
Não será fácil vencer Cavaco Silva. Nenhum Presidente, antes dele, deixou de ser reeleito. Mas, se há alguém que o pode derrotar, é Manuel Alegre. A sua candidatura é uma candidatura para vencer e não para “marcar posição”. Só não a apoiarão aqueles que preferirem ver Cavaco renovar o seu mandato, mesmo sabendo que, num contexto de maioria relativa, ele dificilmente resistirá à tentação de liderar a oposição ou de governar o país a partir de Belém.
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