Fernando Nobre, candidato à Presidência da República
Fernando Nobre é um homem generoso e bom. Um idealista no melhor sentido do termo, um homens com ideais num mundo onde o cinismo prospera. E é, não tenho disto qualquer dúvida, uma pessoa que jamais violará a sua consciência para se vergar seja diante de quem for.
Tive a oportunidade de conversar com ele uns 10 minutos no dia do comício de encerramento da campanha do Bloco para as Europeias. Fernando Nobre era o mandatário da lista encabeçada por Miguel Portas. Disse-me então que concordava com 90% das propostas apresentadas pelo BE, mas não se coibiu de referir algumas das suas ideias que cabiam nos outros 10% e posso garantir que não eram divergências menores.
Nesse mesmo ano, foi mandatário de António Costa nas eleições para a Câmara de Lisboa e de António Capucho para a de Cascais.
Quando afirma que se apresenta como um candidato independente, não tenho razão nenhuma para duvidar que assim seja. E, no entanto, parece-me que com a sua candidatura à Presidência da República, a busca desesperada da ala soarista do PS para encontrar um candidato que pudesse contrapor a Manuel Alegre chegou ao fim.
A sua candidatura não me parece ganhadora. Faltam-lhe desde logo as estruturas implantadas no terreno que são indispensáveis à organização de uma campanha eleitoral. Só as conseguiria com o apoio de José Sócrates, mas esse seria então o seu único apoio e seria como que um presente envenenado.
Continuo a pensar que Manuel Alegre continua a ser o candidato com mais possibilidades de derrotar Cavaco Silva. Alegre pode beneficiar com o apoio de Sócrates mas, como as últimas Presidenciais já o demonstraram, não depende dele. Alegre pode organizar uma campanha eleitoral mobilizadora sem depender do apoio de um qualquer aparelho partidário. Fernando Nobre não.
A candidatura de Fernando Nobre não vai afectar significativamente Cavaco Silva, mas vai dividir o eleitorado que se lhe opõe. Resta-nos esperar que Cavaco não seja eleito na 1ª volta. Na 2ª, votarei no candidato que o confronte. Se estiver enganado e se esse candidato for Fernando Nobre, apoiá-lo-ei sem quaiquer reticências.
Fernando Nobre é um homem generoso e bom. Um idealista no melhor sentido do termo, um homens com ideais num mundo onde o cinismo prospera. E é, não tenho disto qualquer dúvida, uma pessoa que jamais violará a sua consciência para se vergar seja diante de quem for.
Tive a oportunidade de conversar com ele uns 10 minutos no dia do comício de encerramento da campanha do Bloco para as Europeias. Fernando Nobre era o mandatário da lista encabeçada por Miguel Portas. Disse-me então que concordava com 90% das propostas apresentadas pelo BE, mas não se coibiu de referir algumas das suas ideias que cabiam nos outros 10% e posso garantir que não eram divergências menores.
Nesse mesmo ano, foi mandatário de António Costa nas eleições para a Câmara de Lisboa e de António Capucho para a de Cascais.
Quando afirma que se apresenta como um candidato independente, não tenho razão nenhuma para duvidar que assim seja. E, no entanto, parece-me que com a sua candidatura à Presidência da República, a busca desesperada da ala soarista do PS para encontrar um candidato que pudesse contrapor a Manuel Alegre chegou ao fim.
A sua candidatura não me parece ganhadora. Faltam-lhe desde logo as estruturas implantadas no terreno que são indispensáveis à organização de uma campanha eleitoral. Só as conseguiria com o apoio de José Sócrates, mas esse seria então o seu único apoio e seria como que um presente envenenado.
Continuo a pensar que Manuel Alegre continua a ser o candidato com mais possibilidades de derrotar Cavaco Silva. Alegre pode beneficiar com o apoio de Sócrates mas, como as últimas Presidenciais já o demonstraram, não depende dele. Alegre pode organizar uma campanha eleitoral mobilizadora sem depender do apoio de um qualquer aparelho partidário. Fernando Nobre não.
A candidatura de Fernando Nobre não vai afectar significativamente Cavaco Silva, mas vai dividir o eleitorado que se lhe opõe. Resta-nos esperar que Cavaco não seja eleito na 1ª volta. Na 2ª, votarei no candidato que o confronte. Se estiver enganado e se esse candidato for Fernando Nobre, apoiá-lo-ei sem quaiquer reticências.
"A candidatura de Fernando Nobre não vai afectar significativamente Cavaco Silva, mas vai dividir o eleitorado que se lhe opõe"
ResponderEliminar- Vai dividir, e também somar: abstencionistas, anti/alegristas de esquerda ( PS/BE)e milhares de independentes. Ao contrário do que diz Alegre e seus apoiantes, esta candidatura, paradoxalmente pode beneficiar Alegre, provocando uma 2ª volta.
Num cenário Cavaco/Alegre à 1ª volta, Alegre é cilindrado.