A austeridade de uns e os lucros dos outros
Segundo Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o resgate dos empréstimos concedidos a Portugal para financiamento da sua dívida soberana têm-se efectuado com lucros para as entidades emprestadoras e, cumpridos os programas de austeridade negociados com esses países, não há motivos para pensar que esta situação se altere.
Já sabemos que as medidas de austeridade que nos são impostas têm consequências recessivas, agravam a crise económica, provocam sofrimento social e não nos permitem sair da crise financeira em que nos encontramos.
Porquê insistir então nesta receita? O presidente do FEEF sugere-nos uma resposta possível: do ponto de vista dos nossos credores, será preferível que Portugal não entre num processo de insolvência, mas também não há razão para promover soluções que nos permitam escapar ao pagamento de juros especulativos. Esta é a situação ideal.
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