sexta-feira, 9 de abril de 2010

Regresso a casa (2)

Continuo a folhear jornais da semana passada. Comparado com o caso dos submarinos, a questão dos projectos de Sócrates para a Guarda não passa de um fait-divers. Aliás, sinto-me inclinado a concordar com as suas explicações quando afirma que se tratava de uma actividade não remunerada e, por isso, compatível com o estatuto de dedicação exclusiva que tinha então como deputado da AR. De facto, é bem possível que Sócrates não seja o autor daqueles horrendos projectos, mas que se tenha limitado a “assumir a sua responsabilidade”, como ele diz. Isto é, a assiná-los na vez do seu verdadeiro autor que, por qualquer motivo (não possuir as habilitações necessárias, trabalhar no gabinete técnico da Câmara…) estava inibido de o fazer.

Não sei. Enfim, ficam aqui duas hipóteses: ou o eng.º José Sócrates se asume como um dos patos-bravo que têm desfigurado a paisagem deste país com os seus projectos de arquitectura ou confessa que cometeu reiteradamente actos que, no mínimo, são deontologicamente reprováveis. Ele que escolha a que mais lhe convém.

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