“Medidas sérias” para prevenir a bancarrota
No post anterior referi a necessidade de se adoptar “medidas sérias” se quisermos evitar de facto à possibilidade da bancarrota do Estado. Faltava, com certeza, enunciar essas medidas. Não sou economista nem tenho a pretensão de redigir aqui um plano de salvação nacional, mas parece-me ser possível definir alguns parâmetros a partir dos quais se podem alcançar consensos alargados. Assim, medidas sérias de combate à crise devem passar:
1) pela acção conjunta dos países em risco (Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda), no sentido conseguir na UE meios de financiamento que os libertem da voragem predadora dos mercados financeiros internacionais;
2) por uma estratégia de contenção orçamental que não nos condene a uma situação de estagnação económica;
3) por medidas que não recaiam sobretudo sobre grupos sociais já duramente atingidos pela pobreza, isentando das suas obrigações os sectores mais favorecidos e privilegiados da sociedade.
A partir daqui, diferentes estratégias podem ser definidas e é normal e salutar que surjam diferentes propostas. O que não é possível é persistir-se numa política de facto consumado como aquela que esteve na origem do PEC apresentado pelo governo, que continua a ignorar com sobranceria as propostas que lhe são estranhas e, em particular, todas aquelas que são apresentadas pelos partidos à esquerda do PS.
A gravidade da situação em que nos encontramos exige um esforço de convergência em torno de opções fundamentais que não é compatível com a pequena política que é incapaz de ver além das rivalidades partidárias e dos dividendos eleitorais que cada um quer obter.
No post anterior referi a necessidade de se adoptar “medidas sérias” se quisermos evitar de facto à possibilidade da bancarrota do Estado. Faltava, com certeza, enunciar essas medidas. Não sou economista nem tenho a pretensão de redigir aqui um plano de salvação nacional, mas parece-me ser possível definir alguns parâmetros a partir dos quais se podem alcançar consensos alargados. Assim, medidas sérias de combate à crise devem passar:
1) pela acção conjunta dos países em risco (Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda), no sentido conseguir na UE meios de financiamento que os libertem da voragem predadora dos mercados financeiros internacionais;
2) por uma estratégia de contenção orçamental que não nos condene a uma situação de estagnação económica;
3) por medidas que não recaiam sobretudo sobre grupos sociais já duramente atingidos pela pobreza, isentando das suas obrigações os sectores mais favorecidos e privilegiados da sociedade.
A partir daqui, diferentes estratégias podem ser definidas e é normal e salutar que surjam diferentes propostas. O que não é possível é persistir-se numa política de facto consumado como aquela que esteve na origem do PEC apresentado pelo governo, que continua a ignorar com sobranceria as propostas que lhe são estranhas e, em particular, todas aquelas que são apresentadas pelos partidos à esquerda do PS.
A gravidade da situação em que nos encontramos exige um esforço de convergência em torno de opções fundamentais que não é compatível com a pequena política que é incapaz de ver além das rivalidades partidárias e dos dividendos eleitorais que cada um quer obter.
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