Suspender ou não suspender a avaliação dos professores?
O governo parece enredado neste dilema. Por um lado, todos os partidos da oposição, os sindicatos e associações independentes de dos professores, exigem a suspensão. Por outro, o programa do governo defende a continuidade. Sócrates (a opinião da nova ministra conta para alguma coisa?) afirma que só está disposto a negociar alterações que visem melhorar o modelo vigente. O que é que está disposto a alterar, não se sabe.
Sinceramente, parece-me um falso dilema, porque o referido modelo de avaliação dos professores do ensino básico e secundário, de facto, já não existe.
A sua versão original nunca chegou a ser aplicada por não ser exequível. Depois, sucederam-se várias versões simplificadas, sendo que a última já não avalia coisa nenhuma. Aquilo que sobreviveu a um ano de guerra com os professores já não é um sistema de avaliação da prática docente, mas uma série de expedientes administrativos que não têm outra finalidade senão a de poupar dinheiro através da criação de barreiras burocráticas à progressão na carreira. Ou seja, sobreviveu um sistema arbitrário de divisão dos professores em titulares e não-titulares e um sistema de quotas que se sobrepõe à avaliação do mérito. Tudo o mais é fogo de vista. Os professores já perceberam isso há muito tempo, só os sábios da 5 de Outubro é que ainda parecem ter dúvidas.
Sejamos honestos: o “modelo Maria de Lurdes Rodrigues” já só existe sem regime de vida vegetativa. Tenham piedade! Desliguem a máquina e deixem-no morrer em paz.
Perderam-se mais de quatro anos com teimosias inúteis. Jorge Lacão vem agora ameaçar os partidos da oposição com uma infindável querela jurídico-constitucional. Para adiar durante mais quanto tempo a discussão de um novo modelo de avaliação que mobilize os professores, pacifique as escolas e contribua realmente para a melhoria da qualidade do ensino público?
Será que o governo vai preferir a guerrilha política à resolução dos problemas que ele próprio criou?
O governo parece enredado neste dilema. Por um lado, todos os partidos da oposição, os sindicatos e associações independentes de dos professores, exigem a suspensão. Por outro, o programa do governo defende a continuidade. Sócrates (a opinião da nova ministra conta para alguma coisa?) afirma que só está disposto a negociar alterações que visem melhorar o modelo vigente. O que é que está disposto a alterar, não se sabe.
Sinceramente, parece-me um falso dilema, porque o referido modelo de avaliação dos professores do ensino básico e secundário, de facto, já não existe.
A sua versão original nunca chegou a ser aplicada por não ser exequível. Depois, sucederam-se várias versões simplificadas, sendo que a última já não avalia coisa nenhuma. Aquilo que sobreviveu a um ano de guerra com os professores já não é um sistema de avaliação da prática docente, mas uma série de expedientes administrativos que não têm outra finalidade senão a de poupar dinheiro através da criação de barreiras burocráticas à progressão na carreira. Ou seja, sobreviveu um sistema arbitrário de divisão dos professores em titulares e não-titulares e um sistema de quotas que se sobrepõe à avaliação do mérito. Tudo o mais é fogo de vista. Os professores já perceberam isso há muito tempo, só os sábios da 5 de Outubro é que ainda parecem ter dúvidas.
Sejamos honestos: o “modelo Maria de Lurdes Rodrigues” já só existe sem regime de vida vegetativa. Tenham piedade! Desliguem a máquina e deixem-no morrer em paz.
Perderam-se mais de quatro anos com teimosias inúteis. Jorge Lacão vem agora ameaçar os partidos da oposição com uma infindável querela jurídico-constitucional. Para adiar durante mais quanto tempo a discussão de um novo modelo de avaliação que mobilize os professores, pacifique as escolas e contribua realmente para a melhoria da qualidade do ensino público?
Será que o governo vai preferir a guerrilha política à resolução dos problemas que ele próprio criou?
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