terça-feira, 21 de junho de 2011

Rui Tavares sai do grupo parlamentar do Bloco no PE

Não vale a pena discutir as razões invocadas para a saída de Rui Tavares do grupo parlamentar do Bloco, mas importa ver nelas um sintoma de um clima de mal-estar que começa a instalar-se no seio do BE.

A “acusação” de Louçã e a sua recusa em retractar-se é reveladora de que aquilo que o separa de Rui Tavares está muito para além do assunto, aparentemente ridículo, que motivou esta curta polémica. Recordem-se as posições de Rui Tavares a propósito da intervenção da NATO na Líbia, da apresentação da moção de censura do Bloco ou da sua ausência das reuniões com a troika... Na minha opinião, trata-se de divergências normais e saudáveis numa esquerda que se pretende plural. Porém, este episódio, que se segue ao da ruptura com Sá Fernandes, mostra-nos um Bloco com muita dificuldade em lidar com a independência dos “seus” independentes.

O que me faz temer pelo sucesso dos frequentes apelos a uma “grande esquerda”, nascida da convergência de partidos e personalidades com opções ideológicas e políticas diferentes.

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