quarta-feira, 1 de junho de 2011


Porque voto no Bloco

Em primeiro lugar, o meu voto nas próximas eleições será um voto contra o programa da troika e, portanto, um voto pela renegociação da dívida externa. Ou seja, será um voto pela criação das condições financeiras que permitam relançar a economia, criar postos de trabalho, combater as injustiças sociais e defender a segurança social, o ensino e a saúde públicas.

Quem se comprometeu com o programa da troika, comprometeu-se com um programa de direita. Obrigou-se a reduzir salários e pensões, a cortar despesas sociais e a aumentar impostos. No governo, aplicará medidas de austeridade que vão atingir duramente as classes com menos rendimentos, provocarão uma prolongada recessão económica e, por fim, conduzirão o país a uma situação de insolvência.

O meu voto será um voto pela esquerda. E será um voto pelo Bloco de Esquerda, não só porque apoio as suas propostas de combate à pobreza, ao desemprego, à precariedade, à corrupção, a uma fiscalidade injusta e à especulação financeira, mas também porque me parece ser ele o partido que, despido de dogmatismos estéreis e de obrigações clientelares, se encontra mais capaz de lutar pela congregação de todos os sectores da esquerda, em ordem à criação das condições políticas que nos permitam construir uma sociedade mais livre, mais democrática e mais justa.

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