quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

2012 – O que devemos esperar?

Quando Passos Coelho nos deseja um Feliz Ano Novo, está a prometer-nos:

Férias reduzidas, feriados suprimidos e mais horas de trabalho. Em 2012, os trabalhadores portugueses deverão trabalhar mais 23 dias – de graça.

Salários congelados, aumento generalizado dos transportes públicos e inflação acima dos 3%. Ou seja, descida dos salários reais. Aliás, os funcionários públicos ganharão menos dois salários no ano de 2012 e os reformados perderão também o direito ao 13º e 14º mês. Antes disto, aumentaram os impostos.

Logo, o poder de compra dos portugueses vai continuar a cair substancialmente. "Temos de empobrecer", diz Passos Coelho. Em consequência disto, milhares de empresas vão encerrar e o desemprego continuará a aumentar. De resto, o governo promete-nos, para 2012, despedimentos mais fáceis e mais baratos. E o valor e período de duração do subsídio de desemprego vão descer. Solução? Emigrar.

Inevitavelmente, a pobreza será uma realidade para um número cada vez maior de portugueses. No entanto, o acesso ao RSI vai ser dificultado. Solução? Fazem-se apelos à caridade.

Na saúde pública, o governo promete-nos poupar mil milhões de euros e na educação perto de 400.000. Não é difícil calcular o que é que isto significa em termos da qualidade destes serviços básicos

Promete-nos ainda a venda ao desbarato de empresas públicas rentáveis. Sectores estratégicos da economia nacional vão parar às mãos de empresas estrangeiras.

Politicamente, temos um governo monitorizado pela troika, ou seja, pela banca francesa e alemã e pelos especuladores financeiros internacionais. O directório Merkozy, que funciona como o seu instrumento político, arroga-se agora o direito de nos ditar preceitos constitucionais. Pergunta-se: onde fica a democracia quando os poderes dos nossos órgãos de soberania são transferidos para entidades estranhas sobre as quais nós, o povo, não temos qualquer controle?

Um sistema de governo não-democrático, um povo atirado para a pobreza, uma economia lançada numa profunda recessão – estas são as promessas do governo PSD/CDS para 2012.

Boas Festas!

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