segunda-feira, 11 de abril de 2011

O canto do cisne

José Sócrates perguntou ao Congresso do PS se o partido estava com ele. A avaliar pela votação norte-coreana com que foi eleito, parece que não há dúvidas. Resta saber até quando se manterá esse apoio. Vai sobreviver à derrota eleitoral que se adivinha para daqui a dois meses? Ao mesmo tempo que “todos” se unem em torno de Sócrates, “todos” se preparam para a sucessão. Alguns terão entendido a onda da socrática do Congresso como uma boa rampa de lançamento. Em plena campanha eleitoral há que saber navegar sobre o orgulho ferido e o fervor clubístico das “bases”. Outros, preferiram um certo distanciamento. Afinal, sabem que aquilo que espera o próximo secretário-geral do PS é sentar-se à mesa com o PSD. E carregar consigo a imagem de indefectível do socratismo não parece ser, para começo de conversa, o mais aconselhável.

O futuro dirá quem fez a melhor opção. Quanto a Sócrates, não há dúvida, o partido ofereceu-lhe um lindo enterro.

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