DAS SETE FONTES:
QUEM O PROTEGE?
"Conhecemos todos as obras para a construção do novo hospital. Também todos somos conhecedores da localização sensível em que tais obras decorrem.
E se tal era já motivo suficiente de preocupação e algum cepticismo, aumentou e muito face aos acontecimentos recentes.
O despedimento do arqueólogo Luciano Vilas Boas não é segredo, nem sequer as causas e os interesses que o motivaram.
O que espanta é o silêncio da Câmara Municipal (CM).
Será que é preciso lembrar a CM que é ela o verdadeiro dono da obra, e por isso, cabe-lhe saber o que ali se passa?
Será preciso lembrar lembrar a CM que é o guardião do património natural e edificado que a todos pertence?
Não deverá a CM ser o garante que a obra só prosseguirá na presença de um arqueólogo capaz de fazer prevalecer o interesse público? Mas para isso terá que ser independente. Pergunto se a CM não tem ao seu serviço um arqueólogo com tais características?
Não deverá ser a CM o garante que o processo de transição, de um arqueólogo que sai e outro que entra, seja expedito?
Porque entretanto a obra avança.
Será interessante verificar se o novo arqueólogo chega a tempo de salvar o património ali existente ou se irá, simplesmente, rubricar autos de forma a legalizar o que quer que ali se tenha passado.
Tudo o que disse da CM aplica-se também a esta Assembleia.
Pergunto o que pretende esta fazer?
No mínimo deveria fazer uma recomendação a CM no sentido de a intimar a se pronunciar e esclarecer o que tem feito e tenciona fazer no futuro de forma a se fazer presente, nos representar, representar o interesse público e não quaisquer outro."
NOTA: este texto foi lido na Assembleia Municipal de 21 de Fevereiro de 2009, por mim. Aguardo resposta ao desafio de que darei boa conta assim que aconteça. Se acontecer...
Também já assinei este...
ResponderEliminarFico a espera de saber a resposta, mas duvido muito que haja alguma...
ResponderEliminarJorge