sábado, 21 de fevereiro de 2009

COMPLEXO MONUMENTAL
DAS SETE FONTES:
QUEM O PROTEGE?

"Conhecemos todos as obras para a construção do novo hospital. Também todos somos conhecedores da localização sensível em que tais obras decorrem.
E se tal era já motivo suficiente de preocupação e algum cepticismo, aumentou e muito face aos acontecimentos recentes.
O despedimento do arqueólogo Luciano Vilas Boas não é segredo, nem sequer as causas e os interesses que o motivaram.
O que espanta é o silêncio da Câmara Municipal (CM).
Será que é preciso lembrar a CM que é ela o verdadeiro dono da obra, e por isso, cabe-lhe saber o que ali se passa?
Será preciso lembrar lembrar a CM que é o guardião do património natural e edificado que a todos pertence?
Não deverá a CM ser o garante que a obra só prosseguirá na presença de um arqueólogo capaz de fazer prevalecer o interesse público? Mas para isso terá que ser independente. Pergunto se a CM não tem ao seu serviço um arqueólogo com tais características?
Não deverá ser a CM o garante que o processo de transição, de um arqueólogo que sai e outro que entra, seja expedito?
Porque entretanto a obra avança.
Será interessante verificar se o novo arqueólogo chega a tempo de salvar o património ali existente ou se irá, simplesmente, rubricar autos de forma a legalizar o que quer que ali se tenha passado.

Tudo o que disse da CM aplica-se também a esta Assembleia.
Pergunto o que pretende esta fazer?
No mínimo deveria fazer uma recomendação a CM no sentido de a intimar a se pronunciar e esclarecer o que tem feito e tenciona fazer no futuro de forma a se fazer presente, nos representar, representar o interesse público e não quaisquer outro."
NOTA: este texto foi lido na Assembleia Municipal de 21 de Fevereiro de 2009, por mim. Aguardo resposta ao desafio de que darei boa conta assim que aconteça. Se acontecer...

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