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terça-feira, 14 de abril de 2009

LEGISLATIVAS 09
SONDAGENS CAMPANHAS
E PERSPECTIVAS POLÍTICAS

Publicada em 28-3-94: Sondagem da Marktest para o Semanário Económico (28-3-09):

PS – 36,7%, PSD – 28,4%, BE – 12,6%, CDU – 8,93%, CDS/PP – 09,4%

Publicada em 3-4-09: Sondagem Euroexpansão para a SIC e o Expresso:
PS – 39,6%, PSD – 29,6%, BE – 09,6%, CDU – 09,4%, CDS/PP – 07,0%.

Realizada entre 3 e 5-4-09: Sondagem Aximage para o Correio da Manhã (resultados brutos e, entre parêntesis, resultados corrigidos pela distribuição proporcional dos indecisos):
PS – 38,1% (39%), PSD – 25,1% (26,3%), BE – 12,6% (13,2%)
CDU – 10,3% (10,8%), CDS/PP – 5,7% (6%),
B/N – 3,8% (4,7%), Indecisos – 4,3%.

Todas as sondagens coincidem num ponto: o PS encontra-se longe da maioria absoluta. Além disso, verifica-se que cerca de 2/3 dos votos vão para os partidos do bloco central, distribuindo-se os restantes pelos partidos mais pequenos verificando-se em todas elas uma acentuada subida do BE e uma votação na casa dos 20% para os partidos à esquerda do PS.
Entretanto, os diferentes partidos da oposição parece já terem definido aqueles que serão os grandes temas das suas campanhas eleitorais: para o CDS/PP será o tema da criminalidade; para o PSD, o do apoio às PMEs e a crítica aos grandes projectos de investimento público; os partidos à esquerda do PS colocam o acento na defesa dos trabalhadores contra os abusos cometidos pelas entidades patronais a pretexto da crise (lay-off injustificados, aumento da precariedade, etc.) e na protecção dos desempregados (aumento da duração do subsídio de desemprego); as duas últimas campanhas lançadas pelo Bloco de Esquerda, que se tem afirmado em sondagens sucessivas como o 3º partido mais votado, propuseram a proibição de despedimentos colectivos em empresas lucrativas e a nacionalização da GALP e da EDP. Quanto ao partido do Governo, parece que tentará convencer os portugueses das vantagens de, em tempos de crise, oferecerem uma nova maioria absoluta ao PS. Convenhamos que não será tarefa fácil, quando a arrogância e a incapacidade de diálogo com os outros partidos e os sindicatos, demonstrada na actual legislatura, já fizeram que muitos tivessem tomado consciência precisamente do contrário, isto é, das desvantagens.
Aliás, como vimos, as sondagens não permitem ao PS alimentar grandes esperanças. Se dentro de cinco meses, conseguir apenas uma maioria relativa, restar-lhe-á tentar um acordo governamental com um dos partidos da oposição (mas qual?) ou governar estabelecendo acordos pontuais na AR (sendo que bastará o apoio de um deles para obter uma maioria parlamentar). Resta, ainda, saber se José Sócrates, que os tem tratado com o maior desprezo, será o interlocutor ideal para tentar conseguir os necessários consensos ou se não deverá o PS ir pensando desde já num novo primeiro-ministro.

domingo, 15 de março de 2009

EM QUE PÉ ESTÃO
AS RELAÇÕES DE
MANUEL ALEGRE
COM O PS?

As intervenções mais recentes de José Lello, de Carlos Candal e Santos Silva mostram apenas a ponta do iceberg: Alegre tornou-se dificilmente suportável para muitos “socialistas”. Por outro lado, António Costa parece mostrar alguma abertura em relação à sua exigência de que o PS reconheça que ele possui uma “força política própria” (o tal milhão de votos das presidenciais) e inclina-se para a hipótese de uma “coligação PS – Manuel Alegre”. E parece ser isso mesmo o que ele deseja, dado ser mais do que improvável uma mudança da lei eleitoral de forma a permitir a participação de candidaturas não-partidárias nas legislativas.

Aparentemente, chegou-se a um impasse. De facto, tendo desistido da possibilidade de fundar um novo partido, Manuel Alegre já tem poucos trunfos para jogar. Se o PS não aceitar a tal “coligação”, terá provavelmente de garantir a eleição de um conjunto minoritário de deputados (actualmente são cinco) dentro do grupo parlamentar do PS, a quem seria reconhecida a liberdade de voto em matérias como o Código de Trabalho, as taxas moderadoras pagas pelos utentes do SNS e a carreira dos professores do ensino básico e secundário e, eventualmente, noutras matérias, estando salvaguardada a disciplina de voto em questões como a aprovação do Orçamento de Moções de Censuras e Confiança. Se, pelo contrário estas condições não forem aceites, Manuel Alegre retirar-se-ia da corrida eleitoral.

Enfim, tal como o próprio já afirmou, cabe ao PS decidir se quer contar com ele para as próximas eleições, ou não. Encontrando-se cada vez mais difícil de atingir a meta da maioria absoluta, estará Sócrates em condições de dispensar o apoio de Alegre? E, para o obter, estará ele disposto a pagar o preço da tal coligação? Eis o dilema, eis a questão.

sábado, 7 de março de 2009

ÚLTIMAS SONDAGENS
PARA AS LEGISLATIVAS
Sondagem da Marktest para o Semanário Económico (3-3-09):
PS – 38,0%, PSD – 28,0%, BE – 14,0%, CDU – 10,0%, CDS – 04,0%.
Sondagem da Euroexpansão para a SIC e o Expresso (6-3-09):
PS – 39,0%, PSD – 28,3%, BE – 10,4%, CDU – 09,6%, CDS – 08,7%.
Se nas eleições (Setembro ou Outubro?) se confirmarem aproximadamente estes valores, o BE, no mínimo, duplicaria a sua representação parlamentar e deixaria de estar limitado a eleger deputados por Lisboa, Porto e Setúbal, abrindo-se fortes possibilidades de eleger os primeiros deputados por Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém ou Faro. Por outro lado, confirma-se a descida do PS, cada vez mais longe da maioria absoluta e a difícil situação do PSD. Verifica-se também que o BE não disputa o eleitorado da CDU, mas sim o do PS, sendo o grande beneficiário do voto de protesto à governação de Sócrates. A impotência do governo no combate à crise e o contraste evidente entre a degradação das condições de vida da população e o montante dos lucros recentemente exibidos pela GALP e pela EDP, bem como o que se sabe hoje acerca dos negócios da CGD com especuladores bolsistas, não indiciam que as razões desse voto de protesto tendam a esmorecer.