O Nobel da Paz
e a “solidariedade entre os povos”
A atribuição do prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo mereceu do PCP uma nota de imprensa onde afirma que se tratou de “mais um golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz e da solidariedade entre os povos”.
Recorde-se que Liu Xiaobo cumpre uma pena de prisão de onze anos por ter assinado a Carta 08, um documento onde se defendem direitos humanos básicos e a transição gradual e pacífica da China para a democracia. Na perspectiva do governo chinês é, portanto, um criminoso, e a atribuição do Nobel da Paz a um criminoso só pode ser entendida como uma “provocação”.
Pelos vistos o PCP, concorda com esta versão dos acontecimentos: manifestar uma opinião contrária à do governo chinês é um crime e premiar o criminoso com o Nobel deve ser entendido como um ataque à “solidariedade entre os povos”.
Sou obrigado a discordar. A solidariedade que devemos ao povo chinês passa pela defesa do seu direito à liberdade de expressão, de organização e de manifestação, passa pelo seu direito à liberdade sindical e à greve. Passa pelo apoio aos ideais democráticos que Liu Xiaobo defende.
E já agora: a luta dos operários chineses por condições dignas de trabalho não é dissociável da luta dos operários portugueses que perdem os seus postos de trabalho pela impossibilidade de muitas empresas portuguesas competirem com as importações que nos chegam da China a preços que só a mais violenta exploração capitalista tornam possíveis. Também para os operários portugueses Liu Xiaobo é um aliado.
Recorde-se que Liu Xiaobo cumpre uma pena de prisão de onze anos por ter assinado a Carta 08, um documento onde se defendem direitos humanos básicos e a transição gradual e pacífica da China para a democracia. Na perspectiva do governo chinês é, portanto, um criminoso, e a atribuição do Nobel da Paz a um criminoso só pode ser entendida como uma “provocação”.
Pelos vistos o PCP, concorda com esta versão dos acontecimentos: manifestar uma opinião contrária à do governo chinês é um crime e premiar o criminoso com o Nobel deve ser entendido como um ataque à “solidariedade entre os povos”.
Sou obrigado a discordar. A solidariedade que devemos ao povo chinês passa pela defesa do seu direito à liberdade de expressão, de organização e de manifestação, passa pelo seu direito à liberdade sindical e à greve. Passa pelo apoio aos ideais democráticos que Liu Xiaobo defende.
E já agora: a luta dos operários chineses por condições dignas de trabalho não é dissociável da luta dos operários portugueses que perdem os seus postos de trabalho pela impossibilidade de muitas empresas portuguesas competirem com as importações que nos chegam da China a preços que só a mais violenta exploração capitalista tornam possíveis. Também para os operários portugueses Liu Xiaobo é um aliado.
Record Liu Xiao bó cumpre uma pena de prisão de onze anos por ter assinado a Carta 08
ResponderEliminaronze por oito foi equilibrado
um documento onde se defendem direitos humanos básicos e a transição gradual e pacífica da China para a democracia, logo um nível de roubalheira superior à instalada na China, se quer democratizar o roubo de 1200 milhões por mais uns quantos partidos é, portanto, um criminoso, e a atribuição de um pelotão de fuzilamento a um criminoso só pode ser entendida como uma vocação
Caro michael ar canjas:
ResponderEliminarSe bem compreendi o seu comentário, considera que um delito de opinião pode ser punido com a pena de morte. Só a opinião de quem detém o Poder (pelo menos, na China)deve ser autorizada. Mas quem nos garante a omnisciência dessa gente? Se errarem (e quem não erra?), quem terá a coragem de os denunciar?
Enfim, ainda bem que quem governa este país não é você, doutra forma já antevejo o fim que a sua "vocação" me resevaria.
Nunca foi intenção dos atribuidores do Nobel,ao atribuirem a Liu Xiaobo, por este defender o direito de expressão,as greves ou qualquer outro tipo de manifestação que tenha a ver com os direitos e garantias do povo chinês,o que pretendem com esta atribuição é uma maior abertura capitalista na China e a implementação de uma "democracia" burguesa onde a burguesia chinesa e as burguesias imperialista dos vários blocos económicos possam intervir e explorar ainda com mais liberdade.
ResponderEliminarPor outro aproveitar os desmandos de um partido e de um governo que há muito deixaram de ser comunistas e passaram a explorar o seu próprio povo, para interesse de uma nova burguesia em crescimento,aliás com aconteceu na antiga União Soviética,para fazer uma enorme campanha anti-comunista, que pelos vistos está a obter resultados entre os nossos social-democratas de "esquerda".
Os direitos de expressão,de manifestação e de greve,como todos os outros direitos sociais,não foram oferta de nenhum sistema "democrático" burguês ou uma garantia motivada pela acção do multi-partidarismo, mas sim conquistas pela luta do movimento operário e popular.
A actividade politica de Liu Xiaobo e de outros intelectuais pequeno burgueses,contra o regime não tem nada a ver, com os direitos fundamentais de emancipação do Povo chinês,eles são ainda mais reaccionários do que os actuais dirigentes do Partido e do Governo Chinês,eles são apenas uns joguetes nas mãos da burguesia imperialista mundial.Compreende amigo Mendes
A CHISPA!